Mercado financeiro revisa projeção de crescimento do PIB brasileiro para 3% em 2024, impulsionado por resultado surpreendente no segundo trimestre.

A economia brasileira teve um aumento nas projeções de crescimento para este ano, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A previsão passou de 2,96% para 3%, impulsionada pelo surpreendente crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior. Esses números mostram uma recuperação econômica mais forte do que o esperado, com uma alta de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para os próximos anos, o mercado financeiro também projeta uma expansão do PIB, com estimativas de 1,9% para 2025 e 2% para 2026 e 2027. A economia brasileira vem superando as expectativas, com um crescimento de 2,9% em 2023, totalizando um valor de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No que diz respeito à cotação do dólar, a previsão para o final deste ano é de R$ 5,40, com uma leve queda esperada para R$ 5,35 no final de 2025. Já em relação à inflação, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 subiu para 4,37%, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua com um centro definido em 3%.

Para controlar a inflação e alcançar as metas estabelecidas, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, que foi elevada para 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa foi a primeira alta dos juros em mais de dois anos, motivada pela recente valorização do dólar e pelas incertezas em relação à inflação. A próxima reunião do Copom, marcada para novembro, deve resultar em um novo aumento da taxa básica, com previsões de encerramento de 2024 em 11,5% ao ano.