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Produção nacional da vacina antirrábica humana é crucial para prevenção da doença no Brasil, aponta especialista em imunizações.

A vacina antirrábica humana é um importante recurso para prevenir a transmissão da raiva, uma doença viral letal. No Brasil, a vacina utilizada é fabricada pela Sanofi Pasteur, um laboratório francês, e importada pelo Instituto Butantan. Esse processo produtivo, que envolve etapas como manufatura, formulação, envase, controle de qualidade, embalagem e liberação para embarque, é longo e leva cerca de 18 meses. Após esse período, a validade do imunizante é de 36 meses a partir da formulação.

A presidente da regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Jandira Lemos, ressalta a importância de uma infraestrutura avançada, tecnologia de ponta e profissionais altamente qualificados para garantir a segurança e eficácia da vacina. Segundo ela, o esquema antirrábico requer planejamento, capacitação profissional, organização nas esferas governamentais e informação para prevenir a doença.

A produção da vacina antirrábica humana é limitada em relação à demanda global, assim como o soro antirrábico e a imunoglobulina humana antirrábica. Nesse contexto, é fundamental priorizar o uso adequado desses imunobiológicos para atender às necessidades de prevenção da raiva.

A vacina antirrábica humana pode ser indicada tanto para pré-exposição quanto para pós-exposição. No primeiro caso, as doses são destinadas a pessoas com risco permanente de exposição ao vírus, como profissionais de laboratórios de virologia e veterinários. Já no segundo caso, a vacina é administrada após mordidas, arranhões ou lambeduras de animais suspeitos de estarem infectados.

É importante ressaltar que a raiva pode ser transmitida por diversos tipos de mamíferos, não se limitando apenas a cães e gatos. No Brasil, os principais responsáveis por casos de raiva humana são morcegos, seguidos por cães, felinos, primatas e raposas. Além disso, há uma lista de animais considerados não transmissores de raiva, como coelhos, roedores pequenos, lagartos, peixes e pássaros.

Em casos de mordidas, arranhões ou lambeduras de animais, é essencial lavar imediatamente o ferimento com água corrente e procurar atendimento médico para avaliação. Existem diferentes tipos de acidentes causados por animais que podem variar de leves a graves, exigindo cuidados específicos.

Com campanhas de vacinação animal, o número de casos de transmissão de raiva para humanos diminuiu significativamente desde 1986. No entanto, em 2022, houve um aumento nos casos de acidentes relacionados à raiva, reforçando a importância da prevenção e uso correto da vacina antirrábica humana.

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