
Israel se prepara para possível ataque do Irã e aliados regionais
A expectativa é que a ação ocorra em breve. A imprensa dos Estados Unidos cogita a possibilidade que aconteça já na noite desta segunda-feira. A tensão em Israel aumenta diante do que se considera um ataque cada vez mais iminente por parte do Irã e de seus aliados regionais.
No entanto, duas fontes disseram à RFI que uma corrente interna da área de Defesa israelense considera a data do calendário hebraico conhecida como Tishá B’Av. Neste ano, pelo calendário ocidental, essa data corresponde ao final da tarde do dia 12 de agosto até a noite de 13 de agosto. Há um simbolismo importante: o Tishá B’Av marca o momento de maior tristeza no calendário judaico porque justamente neste dia o Grande Templo de Jerusalém foi destruído duas vezes: a primeira vez pelos babilônios em 587 A.C. e a segunda vez, pelos romanos, em 70 D.C.
Para além de símbolos e tradições, há também outros sinais de que Israel se prepara para um ataque em breve.
O general Michael Erik Kurilla, chefe do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), chega ao país nesta segunda-feira para concluir a coordenação com as forças israelenses, segundo o portal Walla.
A expectativa de Kurilla é repetir a coalizão de países, inclusive árabes, que impediu o sucesso do ataque iraniano em abril, quando Teerã e seus aliados regionais dispararam 120 mísseis balísticos, 30 mísseis de cruzeiro e 170 drones contra o território israelense.
Segundo o Wall Street Journal, temendo a ampliação da guerra, diplomatas de países árabes tentaram obter do Irã alguma forma de compromisso de contenção na resposta que o país dará a Israel. No entanto, a tentativa não foi produtiva, e os iranianos disseram que “não se importam se a resposta iniciará uma guerra”.