
Dino e Juscelino foram colegas na Esplanada dos Ministérios no governo Lula. Além disso, a Construservice era uma das empresas com mais contratos de pavimentação no governo do Maranhão quando Dino geria o estado. No período em que Dino e, depois, seu vice, Carlos Brandão (PSB), governaram o Maranhão (2015 a 2022), a empresa recebeu cerca de R$ 710 milhões, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Coordenador político da campanha de Dino em 2022, Othelino Neto (PC do B) é amigo do sócio oculto da Construservice, o empresário Eduardo José Barros Costa, o “Eduardo DP”. Ambos se encontram em dias de lazer em condomínio de Barreirinhas (MA), revelou a Folha de S.Paulo.
Neto empregou a esposa de Eduardo DP. A advogada Larissa Torres Costa foi lotada na Assembleia Legislativa do Maranhão, com salário R$ 12,2 mil mensais. Neto é marido de Ana Paula Lobato (PSB), suplente de Dino que assumiu o cargo de senadora com a ida dele para o governo Lula.
“Temos uma boa relação pessoal. Apenas isso”, afirmou na época o coordenador da campanha de Dino. “A senhora Larissa Torres é advogada atuante e foi nomeada para cumprir suas funções junto à procuradoria da Assembleia Legislativa”, afirmou Neto.

Como o caso chegou a Dino?
O primeiro relator do caso era o ministro Luís Roberto Barroso. Mas, como ele assumiu a presidência da corte em setembro do ano passado, a maioria das ações sob sua relatoria foi repassada para a ministra Rosa Weber. Rosa, porém, se aposentou em seguida e os casos foram repassados para Dino assim que ele tomou posse no Supremo, em fevereiro deste ano.