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Eleições no México: Disputa Presidencial e Avaliação do Governo López Obrador em Foco




Eleições no México

Também serão em disputa as 500 cadeiras da Câmara dos Deputados e as 128 do Senado, o comando de sete governos estaduais e de prefeituras e milhares de cargos legislativos locais. Quase 99 milhões de mexicanos estão aptos a votar.

As atenções estão mais voltadas para a escolha do novo presidente, que não deixará de ser um referendo sobre o desempenho de López Obrador, à frente desde dezembro de 2018 da segunda maior economia da América Latina.

Como foi o governo López Obrador

O presidente foi eleito com uma plataforma populista de esquerda, prometendo ampliar os benefícios sociais e combater a corrupção e a violência, e encerra seu mandato com alta aprovação. Em abril, seu governo tinha o apoio médio de 66% dos mexicanos, segundo um agregador de pesquisas de opinião da organização AS/COA.

López Obrador teve como um dos pontos fortes a ampliação de programas sociais, a criação de uma aposentadoria universal e o aumento do salário mínimo. Ignacio Ibarra, do Instituto Tecnológico de Monterrey, disse à DW que…

Violência na campanha

O problema da segurança pública também se reflete na campanha eleitoral, que já é a mais violenta da história do México. De setembro a maio, 34 candidatos ou pré-candidatos foram mortos – mais do que os 24 candidatos mortos na campanha de 2018. Segundo a consultoria de risco Integralia, houve 560 incidentes violentes contra candidatos, mais do que os 389 na campanha passada….

As duas principais candidatas

A governista Sheinbaum foi prefeita da Cidade do México antes de ser escolhida por López Obrador como nome para sua sucessão. Neta de imigrantes judeus, ela fez doutorado em engenharia e atuou como pesquisadora na área de sustentabilidade – o que a diferencia nesse ponto do atual presidente, que não priorizou o combate às mudanças climáticas

A outra candidata é Xóchitl Gálvez, uma empresária de origem indígena que concorre pela frente de oposição, composta pelo seu Partido Ação Nacional (PAN), de direita, o Partido da Revolução Democrática (PRD), de centro-esquerda, e o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México de 1929 a 2000.

Ela estudou ciências da computação e tem uma empresa de tecnologia. Gálvez…

Sheinbaum tem 54% das intenções de voto, contra 34% de Gálvez. Em terceiro lugar está o candidato Jorge Álvarez Máynez, do Movimiento Ciudadano (MC).

Além de eleger a primeira mulher presidente, o pleito deste ano é o primeiro em que haverá paridade de gênero entre os candidatos, em função de uma reforma aprovada em 2019.

Saraí Aguilar, professora da Universidade Autônoma de Nuevo León e especialista em cultura com perspectiva de gênero, afirmou à DW que será um marco importante para “quebrar o teto de vidro, chegando à posição máxima do poder”, mas “temos que ter consciência que isso não irá necessariamente levar a um avanço na agenda feminista”.

Na questão da segurança pública, Gálvez propõe reverter a militarização implementada por López Obrador, fortalecer a Polícia Nacional Civil e reformar o sistema prisional, em parte tomado pelo crime organizado.

Já a governista Sheinbaum propõe avançar ainda mais na militarização da Guarda Nacional – o exército goza de alta confiança dos mexicanos, e são vistos como agentes públicos menos…

Além da violência, outro tema que demandará a atenção da futura presidente é como lidar com o fluxo crescente de imigrantes que chegam ao México com o objetivo de tentar entrar nos Estados Unidos.


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