Senador critica indicação para Ministério dos Direitos Humanos e denuncia aceitação da corrupção pelo governo federal.
O senador Eduardo Girão, do partido Novo-CE, fez duras críticas à indicação da ex-deputada estadual do PT de Minas Gerais, Macaé Evaristo, para assumir o cargo de Ministra dos Direitos Humanos. A indicação de Evaristo ocorreu após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida por denúncias de assédio sexual.
Girão destacou que a ex-deputada possui 13 processos por improbidade administrativa em Minas Gerais, relacionados ao período em que ocupou o cargo de secretária estadual de Educação. O senador ressaltou que o governo parece ter adotado uma postura de aceitação da corrupção ao manter no cargo pessoas envolvidas em escândalos, citando o caso do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que enfrenta acusações de corrupção e continua em seu cargo.
O parlamentar enfatizou a gravidade das denúncias contra Macaé Evaristo, mencionando que o Ministério Público estimou desvios de cerca de R$ 17 milhões. Ele ressaltou que o governo não está agindo de forma coerente ao lidar com casos de corrupção, questionando a rapidez na resolução do caso de Silvio Almeida em comparação com outros episódios envolvendo ministros.
Girão também expressou estranhamento pela análise das denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), considerando essa situação como mais um indício de possíveis irregularidades. Ele ressaltou a importância de esclarecer à sociedade quando o governo tinha conhecimento dos crimes supostamente cometidos pelos seus membros.
Essa situação levanta questionamentos sobre a transparência e a integridade do governo, além de evidenciar a necessidade de investigações mais profundas e esclarecimentos à população. O senador Eduardo Girão finalizou seu pronunciamento enfatizando a importância de garantir um ambiente de trabalho seguro e ético nos órgãos do governo.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
