Análise Eleitoral: Por que Trump ainda é o favorito?

Recentemente, meu colega David Brooks e eu apresentamos relatos de dois futuros diferentes: um em que Kamala Harris vence Donald Trump e outro em que Trump sai vitorioso. Escrevi a narrativa explorando um cenário em que a candidata democrata é bem-sucedida em seu esforço para simplificar a agenda progressista e expor as tensões no Partido Republicano.

Embora a vitória de Kamala pareça possível, minhas expectativas atuais apontam para um cenário em que Trump sairá vitorioso. A questão que surge é: por que ainda vejo Trump como favorito?

Primeiramente, acredito que se Kamala estivesse no caminho da vitória, ela estaria liderando de forma mais decisiva no momento. Mesmo com uma cobertura positiva da mídia e uma convenção bem recebida, Kamala ainda não está claramente à frente de Trump no Colégio Eleitoral.

Além disso, há a questão dos erros de pesquisa. A projeção de Nate Silver dá a Trump uma vantagem significativa, levando em conta os problemas anteriores em pesquisas que subestimaram o apoio ao atual presidente. A diferença entre as pesquisas públicas e a realidade das urnas pode novamente beneficiar Trump.

Por fim, minha teoria anterior sobre a eleição indicava que os eleitores estavam alienados de Biden devido à percepção de liberalismo e à nostalgia pela era Trump. Substituir Biden por Kamala, uma figura com histórico impopular e perfil liberal, pode não ser suficiente para reverter a vantagem de Trump nos principais estados do Colégio Eleitoral.

Assim, apesar do sucesso de Kamala em revitalizar os democratas, ainda vejo Trump como favorito por sua posição inicial e por acreditar que Kamala pode não ser forte o suficiente para superar as forças que lhe deram a liderança.

Com tudo isso em mente, continuo aguardando novos desenvolvimentos na corrida eleitoral, ciente de que a previsão política é um terreno incerto que pode surpreender a todos os analistas.