Principal favorita antes do início da prova, a halterofilista Mariana D’Andrea, 26, confirmou as projeções e conquistou o ouro na Arena Porte de La Chapelle, neste sábado (7), na categoria até 73 kg.
A paratleta levantou 148 kg para conquistar a medalha e estabelecer o novo recorde paralímpico. Com o título, a paulista de Itu chega ao bicampeonato, igualando o feito de Tóquio-2020.
Já com a medalha garantida, a brasileira tentou superar o recorde mundial de 151 kg, e pediu para erguer 152 kg, mas não conseguiu levantar o peso.
Desde o início dos Jogos Paralímpicos, D’Andrea era apontada como uma medalha de ouro praticamente certa em todas as projeções paralímpicas. A paratleta lidera o ranking e ganhou o Mundial de Dubai, em 2023, na categoria até 79 kg.
No sábado, Mariana brilhou na competição de halterofilismo paralímpico em Paris, elevando sua categoria para outra dimensão. A brasileira demonstrou toda sua técnica e força ao superar as adversidades e garantir mais um título para o Brasil.
Logo na primeira tentativa, a brasileira já ergueu 141 kg, batendo em um quilo o recorde paralímpico. Cada atleta tinha direito a três tentativas.
A partir da segunda rodada, começou uma disputa emocionante com a uzbeque Ruza Kuzieva, que levantou 142 kg, superando temporariamente a brasileira. No entanto, Mariana não se abateu e respondeu com 143 kg, retomando a liderança.
Na última tentativa, a tensão estava no ar. Kuzieva arriscou pedindo 151 kg, mas acabou alterando para 147 kg, estabelecendo um novo recorde. Mariana, por sua vez, manteve a compostura e com 148 kg confirmou a vitória e a conquista do ouro.
Em terceiro lugar ficou a turca Sibel Cam, que alcançou a marca de 120 kg. Mariana, com sua determinação e técnica apurada, mostrou ao mundo que não há limites para quem acredita em seu potencial e se dedica ao esporte.
A história de Mariana D’Andrea é inspiradora. Com nanismo, ela encontrou no halterofilismo paralímpico uma forma de superar desafios e alcançar seus sonhos. Seu talento e perseverança são um exemplo para todos os atletas, abrindo caminho para uma nova era de inclusão e excelência no esporte paralímpico.
No halterofilismo paralímpico, atletas com diversas deficiências competem juntos, mostrando que a determinação e a superação podem vencer qualquer obstáculo. Mariana D’Andrea é um símbolo dessa filosofia, levando o nome do Brasil ao mais alto patamar do esporte paralímpico.