Agência BrasilDestaque

Ministra Marina Silva alerta para risco de desaparecimento do Pantanal devido às mudanças climáticas; pede ação urgente do Congresso.

Em uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, realizada nesta quarta-feira (4), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, fez um alerta sobre as consequências das mudanças climáticas no bioma do Pantanal. Segundo a ministra, as mudanças climáticas, com a baixa precipitação, altas temperaturas e elevado processo de evapotranspiração, podem resultar no desaparecimento do Pantanal.

Durante a audiência, Marina Silva enfatizou a importância da criação de um marco regulatório de emergência climática pelo Congresso, especialmente diante da situação de risco em que se encontram 1.942 municípios no Brasil. Ela foi convocada para prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal diante do aumento das queimadas e incêndios florestais em biomas como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.

A ministra ressaltou que, de acordo com os pesquisadores, se as atuais tendências persistirem, o Pantanal pode desaparecer até o final do século. Ela destacou a importância de combater o desmatamento e as queimadas, que têm impacto não apenas na cobertura vegetal, mas também em toda a bacia da região.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um aumento de 144% nos focos de queimadas em agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2023, com um total de 68,3 mil focos. A ministra negou cortes no orçamento da pasta voltado para o combate aos incêndios e afirmou a necessidade de políticas públicas baseadas em evidências e de ações conjuntas com o setor privado.

A presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF), destacou que as queimadas são consequência da emergência climática enfrentada atualmente. Ela também homenageou o brigadista Wellington dos Santos, que perdeu a vida no combate ao fogo no Parque indígena do Xingu (MT).

Leila Barros ressaltou a importância da aprovação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo como uma colaboração entre os entes federados para enfrentar os desafios ambientais. A situação de emergência climática exige ações urgentes e medidas eficazes para proteger os biomas e evitar danos irreparáveis ao meio ambiente.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo