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Senador critica decisão do STF sobre relatoria de inquérito de vazamento de conversas de ex-assessor do TSE

Na última quarta-feira (28), o senador Esperidião Amin, do Partido Progressistas de Santa Catarina, realizou um pronunciamento enfático em relação à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que negou o pedido de afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito sobre o vazamento de conversas de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A defesa de Tagliaferro sustenta que Moraes não deveria atuar como relator, uma vez que teria interesses pessoais no desfecho do caso.

Amin criticou veementemente a situação, apontando a parcialidade e os possíveis conflitos de interesse envolvidos. Ele destacou a contradição em permitir que um membro do próprio STF, que pode vir a ser investigado e até mesmo réu, tenha o papel de julgar o caso. Para o senador, isso representa uma clara demonstração de falta de imparcialidade e de manipulação prévia do processo.

O senador ainda ressaltou a gravidade das mensagens trocadas entre Tagliaferro e o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor auxiliar no gabinete de Moraes, que, segundo Amin, comprometem princípios éticos, morais e legais, além do respeito ao Estado de direito durante as investigações. As mensagens, divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, indicam possíveis solicitações para que o ex-assessor produzisse relatórios sobre publicações de apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

Diante dessa situação, Amin enfatizou a existência de uma promiscuidade institucional e de pressões indevidas, que colocam em xeque a lisura e a imparcialidade das investigações. Ele destacou a necessidade de preservar a integridade do processo legal e garantir que a justiça seja feita de forma transparente e imparcial.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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