Ministro do STF determina apreensão de celular de ex-assessor ligado a desinformação nas redes sociais em investigação polêmica.
As acusações de que o ministro teria utilizado “formas não oficiais” para produzir informações e investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022 geraram controvérsia. Moraes defendeu que todos os procedimentos foram oficiais e regulares. A PF investiga o vazamento de conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes, durante a gestão do ex-assessor na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED).
Em meio às investigações, veio à tona o episódio de violência doméstica envolvendo o ex-assessor, que resultou em sua prisão e posterior demissão por parte do ministro. O celular de Tagliaferro, que estava sob custódia da Polícia Civil de São Paulo, foi devolvido após sua soltura em maio do ano passado. No entanto, a decisão de Moraes em apreender o aparelho se deu pela necessidade de acessar os dados contidos nele para a investigação em curso.
Por sua vez, o advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, questionou a apreensão do celular, alegando que seu cliente está na condição de testemunha e não seria comum a apreensão de objetos nessa situação. Kuntz criticou o que chamou de “abuso de autoridade e excesso de poder” por parte das autoridades responsáveis pelo caso.
A controvérsia em torno do ministro Alexandre de Moraes e do ex-assessor Eduardo Tagliaferro continua a despertar debates sobre os limites do poder judiciário e a transparência nas investigações envolvendo figuras públicas. A sociedade aguarda com expectativa o desenrolar dos acontecimentos e espera por respostas claras e imparciais sobre o caso.
