Reunião entre os dois teve relação com candidatura do fundador do SBT. “Collor estava muito interessado em ouvir de Silvio uma palavra convincente de que não seria mesmo candidato à presidência. […] Collor pediu a Silvio igualdade no espaço dado pelos noticiários do SBT na cobertura do dia-a-dia dos presidenciáveis”, consta em trecho da biografia autorizada A Fantástica História de Silvio Santos, escrita por Arlindo Silva.
A resposta de Silvio teria sido a seguinte: “Não posso parecer amigo de um e ficar inimigo de muitos. Até porque não quero ser punido pela lei”.
José Sarney
Em 10 de maio de 1985, Silvio Santos se reuniu com José Sarney, em suas primeiras semanas como presidente do Brasil.
Três anos depois, em 1988, questionado sobre sua opinião a respeito do governo Sarney, Silvio Santos respondeu: “Não tenho nada a ver com isso. Eu sou concessionário [por ter uma concessão de TV], um ‘office boy’ de luxo do governo. Faço aquilo que posso para ajudar o País e respeito o presidente, qualquer que seja o regime.”
“Se não estiver satisfeito, eu vou embora. Ninguém me prende aqui”, disse Silvio. “Tenho hoje independência financeira para fazer qualquer negócio em qualquer lugar do mundo. Quando vendia canetas, não tinha”, concluía, em entrevista à Folha.
O fundador do SBT, Silvio Santos, esteve envolvido em reuniões políticas com importantes figuras do cenário nacional. Em uma dessas ocasiões, Silvio foi abordado pelo então presidente Fernando Collor, que buscava garantias de que o empresário não se candidataria à presidência. Segundo relatos da biografia autorizada sobre Silvio Santos, Collor solicitou igualdade de espaço nos noticiários do SBT para a cobertura das eleições.
A resposta de Silvio refletia sua postura de não se comprometer demasiado com nenhum grupo político, demonstrando preocupação em manter boas relações com diferentes setores. Em uma outra ocasião, Silvio Santos se encontrou com José Sarney, presidente do Brasil na época, e afirmou que não tinha ligação direta com questões políticas, sendo apenas um concessionário de TV que procurava contribuir para o país da melhor forma possível.
A independência financeira de Silvio Santos lhe conferia liberdade para tomar decisões sem se sentir pressionado por interesses externos. Em uma entrevista à Folha, ele deixou claro que, se não estivesse satisfeito, não hesitaria em abandonar suas atividades no Brasil. Essas reuniões políticas revelam a posição de Silvio Santos como um empresário influente que buscava manter sua autonomia e independência em meio aos meandros da política nacional.
