O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, surpreendeu ao apoiar a proposta de uma nova eleição na Venezuela, mesmo depois de ter reconhecido oficialmente a vitória do opositor Edmundo Gonzalez. Essa mudança de posicionamento levantou questionamentos sobre o futuro político do país latino-americano.

Dentro do governo brasileiro, a perspectiva é de que uma solução para a crise venezuelana só será encontrada após a definição do cenário político nos Estados Unidos. Com as eleições americanas marcadas para novembro, apenas dois meses antes do término do mandato de Nicolás Maduro, a situação na Venezuela permanece indefinida.

Por outro lado, a proposta de uma nova eleição enfrenta resistência dentro da Venezuela. Líderes da oposição, como António Ledezma, rejeitam a ideia e afirmam que o movimento encabeçado por Edmundo González e Maria Corina Machado foi o legítimo vencedor das eleições de 28 de julho. Enquanto isso, Maduro insiste que sua vitória é legítima.

Em entrevista exclusiva ao UOL, Ledezma declarou: “A ideia de uma nova eleição está fora de lugar. Não se justifica falar em segundo turno em um país onde Edmundo González venceu com mais de 30 pontos percentuais de vantagem”. A posição do líder opositor indica a dificuldade em chegar a um consenso sobre o futuro político da Venezuela.