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Ministro Barroso antecipa julgamento sobre suspensão das emendas parlamentares impositivas em sessão virtual do STF nesta sexta-feira

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, agendou para esta sexta-feira (16) o julgamento sobre a suspensão na execução das emendas parlamentares impositivas ao Orçamento da União. A decisão de marcar a sessão no plenário virtual, com duração de 24 horas, ocorre após o ministro do STF Flávio Dino ter determinado a suspensão das emendas em resposta a um pedido do PSOL, concedendo uma liminar que foi submetida ao referendo do plenário.

A questão já havia sido incluída na pauta da sessão virtual do final de agosto, porém, a pedido de Dino, o julgamento foi antecipado por Barroso. A antecipação do julgamento se deu depois de os congressistas rejeitarem uma medida provisória que destinava crédito extraordinário para o Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou as decisões monocráticas de Dino que estão suspendendo a execução das emendas parlamentares, afirmando que o funcionamento de entidades como Santas Casas e hospitais filantrópicos depende desses repasses. Lira enfatizou que mudanças dessa natureza não deveriam ser realizadas de forma unilateral.

Flávio Dino é relator de diversas ações que questionam o direcionamento e a transferência de recursos por meio de emendas parlamentares ao orçamento, especialmente as mudanças feitas por emendas constitucionais aprovadas recentemente. Desde o início do mês, Dino emitiu três decisões liminares para suspender a execução de emendas ao Orçamento, atendendo a pedidos da Procuradoria-Geral da República e do PSOL.

As liminares de Dino suspenderam emendas de comissão e as chamadas emendas Pix, que são indicações individuais de parlamentares sem destinação específica a projetos. A suspensão das emendas impositivas, com execução obrigatória pelo Executivo, também foi determinada em uma decisão mais recente.

O ministro justificou que a suspensão é necessária para evitar danos aos cofres públicos e garantiu que apenas emendas destinadas a obras em andamento e situações de calamidade pública serão pagas. A transparência, rastreabilidade e eficiência das emendas parlamentares serão os critérios fundamentais a serem observados.

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