Análise da possível diplomacia de Kamala Harris como presidente dos EUA
Desde a ascensão de Kamala Harris como candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, surgem diversas especulações sobre como seria sua diplomacia caso venha a derrotar o atual presidente Donald Trump nas eleições. A Chatham House, renomado centro de estudos britânico sobre relações internacionais, tem se debruçado sobre o assunto, publicando podcasts e ensaios de especialistas que exploram as potencialidades da candidata na política externa.
De acordo com os especialistas da Chatham House, Kamala Harris demonstra habilidade em questões estrangeiras, visto seu histórico como integrante da comissão permanente de inteligência e espionagem durante seu mandato como senadora pela Califórnia. Além disso, sua atuação como vice-presidente incluiu 13 viagens ao exterior, demonstrando um bom domínio das relações internacionais.
Embora ainda não tenha exercido a presidência, Kamala Harris já demonstra opiniões fortes em questões globais, como seu apoio militar à Ucrânia e sua crítica aos excessos de Israel na Faixa de Gaza. Essas posições evidenciam uma postura firme e engajada da candidata em assuntos internacionais.
O podcast da Chatham House destaca a resiliência de Kamala Harris ao buscar apoio e neutralizar concorrentes dentro do Partido Democrata, o que fortaleceu sua imagem pessoal e político. Sua postura agressiva na defesa da legalidade do aborto também tem sido um ponto de destaque, especialmente em um momento no qual a opinião pública americana se mostra favorável a esse tema.
Por outro lado, alguns especialistas apontam que a imigração pode ser um ponto fraco na política externa de Kamala Harris, uma vez que ela foi criticada por ser pouco assertiva na situação na fronteira com o México. Esta questão, explorada de forma demagógica por Trump, pode colocá-la em posição defensiva.
Por fim, Kamala Harris é destacada como uma representante das minorias nos Estados Unidos, trazendo uma pluralidade racial que pode influenciar nas relações internacionais do país. Sua ascendência indiana e o desafio de representar diversas comunidades étnicas e culturais americana pode ser um diferencial em sua atuação diplomática.
