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O renomado perito aeronáutico e forense, Daniel Kalazans, explanou que a formação de gelo nas asas do avião da Voepass pode ter sido um fator determinante para o trágico acidente que resultou em sua queda. No entanto, ressaltou que o gelo não é necessariamente a causa única do ocorrido. De acordo com Kalazans, diversos outros elementos também contribuíram para a ocorrência do acidente.
Cartas e boletins meteorológicos evidenciaram a presença severa de gelo na região. Relatos de outros pilotos que sobrevoaram o local também confirmaram tal condição. Esta linha de investigação é de extrema relevância e deve ser minuciosamente considerada diante das informações disponíveis. Contudo, afirmar categoricamente que o gelo foi a causa é um grande exagero.
Apesar da intensidade do vento no momento, é crucial compreender que o congelamento das asas foi um fator contribuinte para a tragédia, mas não necessariamente a causa principal. A análise das caixas-pretas é fundamental nesse estágio inicial de investigação. A hipótese do congelamento será levada em consideração pelas autoridades aeronáuticas, porém não se pode afirmar que é a única explicação plausível.
A queda do avião ocorreu de forma vertical, em espiral. Fica evidente que a aeronave experimentou uma descida descontrolada. O piloto não tinha controle sobre a situação, o que sugere que, levando em conta a teoria do congelamento, pode ter havido uma perda de sustentação devido ao fluxo irregular de ar nas asas ou um travamento na parte traseira.
Embora a formação de gelo seja um indício a considerar, é preciso cautela: a aeronave poderia ter sofrido perda de potência, com um dos motores falhando ou até mesmo apagando. Não apenas o gelo, mas outros fatores também podem ter contribuído para esse tipo de acidente. – Daniel Kalazans, perito aeronáutico e forense
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