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Ato conjunto de frentes parlamentares defende prerrogativas do Legislativo contra decisões do STF

No dia 27 de setembro de 2023, os coordenadores de 22 frentes parlamentares da Câmara dos Deputados, juntamente com os partidos PL (Partido Liberal) e Novo, realizaram um ato conjunto no Salão Verde da Câmara para repudiar as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em temas como drogas, aborto e direito à propriedade. Para eles, tais julgamentos invadem a competência do Congresso Nacional em legislar sobre essas questões.

Na última semana, o STF negou a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, o que desagradou setores ruralistas. Além disso, a ministra Rosa Weber deu prosseguimento a uma ação que discute a descriminalização do aborto até as 12 semanas de gestação e a Corte acumulou cinco votos em agosto para afastar a criminalização do porte de maconha para consumo próprio.

O líder do PL, deputado Altineu Côrtes, destacou a importância de cada Poder se restringir ao seu papel e ressaltou que as frentes parlamentares estão reunidas para defender as prerrogativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Após diálogos com as frentes, foi acordado que representantes do movimento buscarão um diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir a votação de propostas que garantam a força e o papel do Poder Legislativo.

Côrtes também anunciou a intenção do PL e de membros das frentes parlamentares de obstruir as votações na Casa, destacando que o partido está em obstrução e essa ação é suprapartidária. Outros coordenadores de frentes também reforçaram o discurso em defesa das prerrogativas do Parlamento, como o deputado Pedro Lupion, coordenador da Frente Agropecuária, que destacou o movimento das frentes como um basta ao desmonte do Legislativo.

Lupion citou como positiva a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, de um projeto que define o marco temporal como regra para demarcação de terras indígenas no país. A tese do marco temporal determina que somente terras que eram ocupadas por comunidades indígenas antes da Constituição de 1988 podem ser demarcadas.

Durante o evento, coordenadores de diversas frentes parlamentares criticaram os julgamentos ainda em andamento sobre o aborto e o porte de maconha. Alberto Fraga, coordenador da Frente de Segurança Pública, Eros Biondini, coordenador da Frente Católica, e Alceu Moreira, coordenador da frente mista do Biodiesel, destacaram a indignação da sociedade brasileira diante da possibilidade de aprovação do aborto e das drogas.

O ato conjunto contou com a participação das frentes parlamentares da Agropecuária, Segurança Pública, Defesa da Vida e da Família, dos CACS (caçadores, atiradores e colecionadores), Contra as Drogas, Evangélica, Católica, Defesa de Educação Sem Doutrinação Ideológica, Produtores de Leite, Defesa das Prerrogativas, Defesa das Pessoas com Deficiência, Livre Mercado, Comércio e Serviço, Biodiesel, Brasil Competitivo, Cooperativismo, Rodeios e Vaquejadas, Semiárido, Mista Contra o Aborto em Defesa da Vida, Comunidades Terapêuticas, Evangélica do Senado e Empreendedorismo.

Em resumo, os coordenadores das frentes parlamentares e os partidos PL e Novo se reuniram em um ato conjunto para repudiar as recentes decisões do STF e defender as prerrogativas do Legislativo. Eles alegam que essas decisões invadem a competência do Congresso Nacional e buscarão diálogo com o presidente da Câmara para garantir o papel do Poder Legislativo. Além disso, pretendem obstruir as votações na Casa e mostraram sua indignação com os julgamentos em andamento sobre o aborto e o porte de maconha.

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