Comissão especial da Câmara discute avaliação ambiental estratégica para produção de hidrogênio sustentável. Brasil pode se tornar protagonista mundial.
21/09/2023 – 15:24
A comissão especial sobre transição energética da Câmara dos Deputados discute na terça-feira (26) o desenvolvimento de uma avaliação ambiental estratégica para a produção de hidrogênio sustentável. O debate, solicitado pelos deputados Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e Bacelar (PV-BA), respectivamente presidente e relator da comissão, ocorrerá às 14h30, no plenário 3.
O hidrogênio é amplamente utilizado no mundo e pode ser obtido de diversas fontes. Costuma-se utilizar cores para classificar sua procedência: o hidrogênio cinza ou marrom é proveniente da queima de combustíveis fósseis e é altamente poluente; o hidrogênio azul é obtido por meio de técnicas de captura de carbono; e o hidrogênio verde ou sustentável é gerado a partir de fontes renováveis de energia.
Os deputados Jardim e Bacelar destacam o potencial do Brasil para produzir hidrogênio sustentável em larga escala e ressaltam a importância de desenvolver políticas públicas que auxiliem o processo de licenciamento desses projetos. De acordo com eles, essa é uma oportunidade para que o Brasil se torne protagonista na história mundial, no contexto da agenda ambiental atual.
Centros de pesquisa e agências internacionais de energia preveem que o hidrogênio irá superar o petróleo como principal commodity energética do mundo a partir de 2030. Essa projeção foi apresentada durante a primeira audiência pública realizada pela comissão. No entanto, alguns especialistas afirmam que o mercado brasileiro ainda é pequeno e apresenta custos elevados.
Durante os debates, outros participantes enfatizaram que a produção de hidrogênio combustível no Brasil deve ser direcionada à redução das emissões de gases de efeito estufa, independentemente da matéria-prima e da tecnologia utilizada. O diretor da Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, Giovani Machado, chegou a afirmar que focar apenas no hidrogênio verde pode limitar o potencial do país nesse setor.
Da Redação – ND
