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A ascensão de Fujimori ao poder em meio a turbulências e promessas de renovação: a história por trás das eleições de 1990.

Fujimori: a ascensão ao poder

No ano de 1990, o Peru vivia um período de instabilidade política e econômica, após uma década de transição entre a ditadura militar e o governo democrático. A sensação da população era de que os partidos políticos haviam falhado em resolver os problemas do país. A economia estava em colapso, com hiperinflação e um cenário de violência causado pelo grupo guerrilheiro Sendero Luminoso.

Nesse cenário turbulento, surgiram candidatos que ofereciam esperança para os peruanos. Alberto Fujimori, até então um desconhecido professor universitário, aproveitou a crise para lançar o movimento Câmbio 90, composto por pessoas sem experiência política e insatisfeitas com as lideranças tradicionais do país. Fujimori rejeitava a elite nacional peruana e adotava uma postura de combate à corrupção.

Apesar das adversidades, Fujimori venceu as eleições de 1990 com uma estratégia que apelava às classes mais baixas e aos eleitores independentes. Evitando definições ideológicas que pudessem afastar eleitores, ele se apresentava como um líder incorruptível e prometia um plano de recuperação econômica menos severo.

No primeiro turno das eleições, Fujimori ficou em segundo lugar com 24,6% dos votos. Porém, sua campanha bem-sucedida o levou à vitória no segundo turno, conquistando 62,4% dos votos e se tornando presidente do Peru.

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