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Presidente Lula critica nacionalismo arcaico e isolacionismo na Cúpula do Mercosul e destaca desafios regionais e globais

Em um discurso na Cúpula do Mercosul, realizada no Paraguai nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao que chamou de “nacionalismo arcaico e isolacionista”. Em um ambiente globalizado, segundo Lula, não há espaço para esse tipo de postura, tampouco para a retomada das políticas ultraliberais que apenas aumentaram as desigualdades na região.

Esta foi a 19ª Cúpula do Mercosul da qual Lula participou como chefe de Estado, e o ex-presidente destacou que enfrentamos hoje inúmeros desafios, tanto no âmbito regional quanto global. Em seu discurso, ele afirmou que nos últimos anos houve um afastamento da vocação de paz e cooperação na região, tornando-a mais dividida e voltada para interesses externos.

Lula ressaltou a importância da integração dos países sul-americanos em um contexto de competição geopolítica acirrada, defendendo a participação na economia global aliada à cooperação entre os vizinhos. Ele reforçou sua confiança no Mercosul como plataforma de inserção internacional e desenvolvimento para o Brasil, destacando os avanços alcançados pelo bloco ao longo dos anos.

Além disso, o ex-presidente comentou sobre a necessidade de fortalecer a democracia na região, citando tentativas recentes de golpe de Estado e atos extremistas em alguns países sul-americanos. Lula enfatizou que a estabilidade política só será alcançada com a redução das desigualdades sociais e com um papel ativo do Estado na promoção do desenvolvimento.

Por fim, o ex-presidente abordou a questão da crise climática na região, ressaltando a importância de a América Latina liderar esforços contra as mudanças climáticas. Ele mencionou os recentes desastres naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, e fez um apelo por maior engajamento e ambição climática por parte dos países do Mercosul.

Em resumo, o discurso de Lula na Cúpula do Mercosul destacou a importância da integração regional, da democracia e do enfrentamento da crise climática como pilares fundamentais para o desenvolvimento e a estabilidade na América do Sul.

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