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Investimentos no Brasil impulsionarão a China a suprir sua demanda interna, fortalecendo as relações econômicas entre os dois países.

O Brasil está prestes a se beneficiar da mudança de rumo da economia da China, seu maior parceiro comercial. Enquanto a China vem direcionando seus investimentos para fortalecer o consumo interno, eles estão buscando países que possam fornecer produtos e alimentos a um custo mais baixo. Isso foi discutido durante a reunião preparatória da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Brasília nesta quinta-feira.

Um setor que tem grande potencial para receber investimentos chineses é o da infraestrutura. A China está interessada em garantir alimentos mais baratos para atender à demanda crescente de sua população, que ultrapassa 1,4 bilhão de habitantes. O ministro dos Transportes, Renan Filho, enfatizou a importância dos investimentos públicos para atrair capital privado e afirmou que o Brasil está se preparando para criar as condições ideais para atrair o interesse chinês.

Renan Filho ressaltou que esse é um momento promissor, pois a China pretende modificar seu perfil econômico, passando a focar mais no consumo interno. Isso significa que eles estarão buscando investimentos no exterior, especialmente na área de infraestrutura, para reduzir os custos de importação. Isso se alinha perfeitamente com as necessidades do Brasil, que é o maior produtor global de alimentos e possui uma demanda significativa por parte dos chineses.

Diversas possibilidades de investimento foram discutidas durante a reunião. O ministro mencionou a ampliação do modal ferroviário e a criação de uma maior competitividade entre os portos brasileiros, conectando-os a uma rede ferroviária mais robusta. Ele destacou a Ferrovia Norte-Sul, que já foi entregue, e a conexão com a Ferrovia Transnordestina e a Ferrovia Leste-Oeste, que possibilitará o escoamento da produção do Brasil Central.

Além da infraestrutura, também há expectativas de investimento no setor aeroportuário. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, mencionou o potencial do mercado brasileiro e destacou a necessidade de trazer mais pessoas para voar. Ele enfatizou a importância de parcerias, inclusive com a China, para fortalecer o setor aéreo no Brasil.

A reunião da Cosban está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2024. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou a importância da China como o maior parceiro comercial do Brasil e a ministra interina das Relações Exteriores, Maria Laura, ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os ministérios brasileiros e chineses para avançar na agenda comum.

Com a mudança no perfil econômico da China e o interesse em investir em infraestrutura em outros países, o Brasil tem a oportunidade de se beneficiar significativamente dessa parceria. Os investimentos chineses podem impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura brasileira e fortalecer o setor de exportação de alimentos. Essa parceria promete trazer benefícios econômicos e fortalecer os laços entre Brasil e China.

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