Suspeito de mandar matar Marielle Franco é apontado como dono de empresa com transações suspeitas
A Polícia Federal divulgou um relatório que aponta que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e sua esposa, Alice Kroff, são os proprietários de uma empresa cujas transações financeiras “transcendem” a renda lícita do casal. Brazão encontra-se preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Detalhes da investigação
A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira (23) o relatório sobre a operação que resultou na prisão dos suspeitos ligados ao homicídio da vereadora. Entre as provas analisadas pela operação Murder Inc, estão os extratos de cartão de crédito da Superplan, empresa do ramo imobiliário pertencente ao casal Brazão-Kroff.
Os gastos apontados incluem despesas com um resort de luxo no Caribe e a aquisição de ingressos para um concerto do tenor italiano Andrea Bocelli. Durante sua estadia na ilha de Curaçao, os investigados desembolsaram até R$ 60 mil apenas com a hospedagem, em janeiro deste ano. Já os ingressos para o show do renomado artista custaram cerca de R$ 19,3 mil.
Apesar das evidências apresentadas pela PF sugerirem um padrão incompatível com os rendimentos do casal, os advogados de defesa não se manifestaram até o momento. O desenrolar das investigações promete trazer à tona mais detalhes sobre o caso e suas possíveis ramificações.
