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Ministros retornam à Terra Indígena Yanomami para monitorar emergência de saúde e combate ao garimpo ilegal um ano após ação do governo.

Há exatamente um ano, o governo brasileiro decretava emergência em saúde pública na Terra Indígena Yanomami e iniciava operações para expulsar garimpeiros ilegais e prestar assistência de saúde à comunidade. Nesta semana, uma comitiva de ministros desembarcou em Roraima para acompanhar de perto a situação.

A equipe é composta pelos ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva; e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Juntos, eles visitaram o posto de saúde Ye’kwana, onde estão sendo construídas novas instalações para atender os pacientes, laboratórios e alojamentos para profissionais de saúde. Em seguida, a comitiva visitou a aldeia do povo Ye’kwana, onde, no ano passado, o governo fornecia ferramentas novas para a criação de roçados que facilitam a autonomia alimentar dos Yanomami.

A visita ocorreu um dia após o anúncio do Palácio do Planalto de um investimento de R$ 1,2 bilhão para o ano de 2024 em ações do governo na Terra Indígena Yanomami. A intenção é implantar de forma permanente uma Casa de Governo para concentrar a atuação permanente dos órgãos federais na segurança e acesso a políticas públicas pelos indígenas.

O presidente Lula da Silva determinou a continuidade e ampliação das ações, já que a presença de invasores segue sendo detectada pelo governo. Ele defendeu o uso de todo o poder da máquina pública contra o garimpo ilegal.

Há um ano, a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, que abriga quase 30 mil habitantes indígenas, veio à tona. O território, que compreende 9,5 milhões de hectares, sofre há décadas com a invasão e violência de garimpeiros, além da contaminação da terra e da água pelo mercúrio utilizado no garimpo ilegal.

A Justiça Federal de Roraima determinou a criação de um novo cronograma de ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e visa combater a reocupação de áreas pelo garimpo, que afeta a segurança, a saúde e a vida dos povos indígenas.

O presidente Lula convocou uma reunião ministerial e determinou que os órgãos federais reforcem as medidas de proteção ao povo indígena Yanomami, além de combaterem o garimpo ilegal em Roraima e no Amazonas. As ações do governo incluíram operações da Polícia Federal, com mandados de busca e apreensão, prisões em flagrante e apreensões de bens, além do controle do espaço aéreo da Terra Indígena Yanomami para combater voos clandestinos e o suprimento aos garimpos.

Apesar dos esforços do governo para resolver a situação na Terra Indígena Yanomami, a presença ilegal de garimpeiros continua a ser um desafio, com impactos significativos na segurança, saúde e vida dos povos indígenas. A visita da comitiva de ministros comprova que o governo mantém o compromisso de lidar com essa questão importantíssima para o país.

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