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Startup imobiliária passa calote em proprietários, que acumulam dívidas de quase R$ 2 milhões, gerando crise judicial no RJ.

Imbróglio imobiliário: startup não paga aluguéis e condomínios de imóveis de alto padrão

A Justiça do Rio de Janeiro está investigando um imbróglio imobiliário envolvendo um grupo de 85 proprietários de imóveis de alto padrão que não têm recebido os aluguéis repassados por uma imobiliária startup. Além disso, a empresa não paga os condomínios e as parcelas de IPTU dos imóveis desde o início deste ano, resultando em um total de dívidas que ultrapassam R$ 1,5 milhão.

Casa no Jardim Pernambuco - Imagem meramente ilustrativa

Segundo a advogada Marcela Miranda, que representa os proprietários, os prejuízos causados por essa situação são significativos. A startup, conhecida como Tabas by Blueground, começou suas atividades em São Paulo em 2020, inicialmente com quatro apartamentos e atualmente conta com mais de 1.300 unidades em diversas cidades do país.

A empresa, fundada por Leonardo Morgatto e Simone Surdi, oferece unidades residenciais reformadas e mobiliadas para alugar, sem a necessidade de garantias. No entanto, a Tabas tem descumprido os contratos estabelecidos, causando prejuízos aos proprietários dos imóveis.

Os contratos de locação com a Tabas geralmente têm uma duração mínima de seis anos, durante os quais a empresa se compromete a reformar os imóveis para atender aos padrões de qualidade da empresa. No entanto, muitos proprietários têm relatado que, ao solicitar a devolução dos imóveis, eles são entregues em condições precárias, resultando em prejuízos financeiros.

Uma das vítimas desse imbróglio é Patrícia Nerath, moradora de Ribeirão Preto, que teve seu imóvel alugado pela Tabas e agora está enfrentando dificuldades devido aos atrasos nos pagamentos. A advogada Marcela Miranda revelou que mais de 60 proprietários já ingressaram com processos na Justiça contra a startup, alegando prejuízos que chegam a ultrapassar R$ 1,5 milhão.

Diante da situação, a Tabas se defendeu, informando que todos os casos estão em discussão judicial e que os valores devidos pelos proprietários estão relacionados a benfeitorias realizadas nos imóveis. A empresa ressaltou que, apesar dos problemas, continua crescendo e liderando o mercado de aluguéis flexíveis, comprometendo-se a resolver cada situação adequadamente.

Em meio a esse cenário de incertezas e prejuízos, os proprietários lesados buscam justiça e esperam que a situação seja resolvida de forma transparente e legal.

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