Coalizão governante de Shigeru Ishiba perde maioria legislativa, colocando primeiro-ministro japonês na corda bamba

Situação delicada para o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba

A crise política no Japão atingiu um novo patamar nesta segunda-feira (28), após a coalizão governante liderada pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba perder a maioria no parlamento em eleições antecipadas. Este revés coloca Ishiba em uma posição vulnerável e incerta, com repercussões econômicas e políticas no país.

Ishiba, de 67 anos, admitiu que estão recebendo um “julgamento severo” do povo japonês, que expressou um forte desejo por mudanças no Partido Liberal Democrático (PLD). Após a contagem dos votos, foi confirmado que o PLD perdeu sua maioria legislativa pela primeira vez desde 2009, um golpe significativo para o partido que tem estado no poder de forma quase ininterrupta desde 1955.

As projeções apontam que a coalizão PLD-Komeito não alcançou a meta estabelecida por Ishiba, com o PLD obtendo 191 assentos e o Komeito 24, totalizando 215 assentos, abaixo da maioria de 233. Este cenário levou o iene japonês a atingir sua cotação mais baixa em três meses, refletindo a incerteza política no país.

Agora, Ishiba enfrenta a difícil decisão de liderar um governo minoritário ou buscar novos parceiros de coalizão para garantir estabilidade política. A possibilidade de renúncia também está sendo discutida, o que poderia torná-lo o primeiro-ministro mais efêmero do pós-guerra japonês.

Enquanto isso, o Partido Democrático Constitucional (PDC), principal força de oposição, viu seu número de assentos significativamente aumentado, conquistando 143 cadeiras. O líder do PDC, Yoshihiko Noda, criticou as políticas do PLD, indicando uma mudança significativa no cenário político japonês.

Os mercados financeiros no Japão reagem com cautela a essa crise política, criando um clima de incerteza e preocupação. A situação delicada para Ishiba e seu partido representa um desafio significativo para a estabilidade política e econômica do país.

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