Número recorde de prefeitos são reeleitos em 2024, com destaque para capitais populosas.




Para o cientista político Antonio Lavareda, diretor do Ipespe, parte desse aumento tem a ver com o poder de fogo que as bilionárias emendas orçamentárias dos parlamentares federais — frequentemente, saídas do Tesouro Nacional diretamente para os cofres municipais — deram aos prefeitos. Mas esse é apenas um dos fatores a observar, sublinha ele.

Para ele, a facilidade para se reeleger é um “fenômeno global”. “Em eleições normais, o incumbente tem uma série de vantagens. Começa a fazer campanha antes de todo mundo, em geral consegue reunir uma base de apoio partidário e social mais ampla, conta com assessoria mais qualificada, tem mais acesso a recursos. E o que houve em 2024 foi uma eleição normal”, observa.


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Uma “eleição normal”, segundo Lavareda, é aquela realizada em ambiente de relativa estabilidade política, econômica e social. “Nas eleições de 2016 e de 2018, por exemplo, você tinha Lava Jato, crise política profunda, crise institucional, crise econômica grave, estava aberto o espaço para escolhas relativamente imprevisíveis. Eram o que eu chamo de eleições críticas”, disse o cientista político ao Blog do Sylvio.

Veja a relação dos candidatos reeleitos no segundo turno:

  • Belo Horizonte (MG) – Fuad Noman (PSD)
  • Campina Grande (PB) – Bruno Cunha Lima (União)
  • Campo Grande (MS) – Adriane Lopes (PP)
  • Caxias do Sul – Adiló (PSDB)
  • Franca (SP) – Alexandre Ferreira (MDB)
  • João Pessoa (PB) – Cicero Lucena (PP)
  • Manaus (AM) – David Almeida (Avante)
  • Mauá (SP) – Marcelo Oliveira (PT)
  • Ponta Grossa (PR) – Elizabeth Schmidt (União)
  • Porto Alegre – Sebastião Melo (MDB)
  • Santos (SP) – Rogerio Santos (Republicanos)
  • São José dos Campos (SP) – Anderson (PSD)
  • São Paulo – Ricardo Nunes (PSDB)
  • Uberaba (MG) – Elisa Araujo (PSD)

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