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Eleições em São Paulo: o avanço das memórias curtas e a politização da vacina

Análise Política das Eleições Municipais

O cenário político das eleições municipais foi marcado pela ausência de segurança por parte dos paulistanos, que refletiu diretamente nos resultados. O candidato Celso Russomanno, apoiado por Jair Bolsonaro, não conseguiu avançar para o segundo turno, sendo visto como um aliado de quem negava a vacina e provocava aglomerações.

O atual prefeito, Bruno Covas, reconduzido ao cargo naquele ano, se destacou por incorporar uma postura de conciliação política em meio ao cenário de extremismo. Em contrapartida, seu oponente Guilherme Boulos também manteve um tom respeitoso durante a campanha, evitando ataques pessoais.

No entanto, o que parecia ser um retorno à normalidade política após as tensões da eleição presidencial de 2018 mostrou-se frágil. Em 2024, surgiram herdeiros do negacionismo em outras capitais, como Cuiabá, Fortaleza, Belém e Curitiba, evidenciando uma possível “memória curta” por parte dos eleitores.

Em São Paulo, a campanha foi marcada por momentos polêmicos, como a divulgação de um laudo falso sobre uma internação por overdose do concorrente Pablo Marçal. Este episódio, que representou o ponto mais baixo da disputa eleitoral, ainda aguarda punição.

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