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Crianças desenham capas para proteger seus medos e artista transforma em obra no Inhotim, em exposição interativa.

Artista Rivane Neuenschwander inaugura nova obra em Inhotim

No último sábado, o renomado museu Inhotim, próximo a Belo Horizonte, abriu suas portas para três novas exposições, sendo uma delas a obra “Alegoria do Medo” da artista Rivane Neuenschwander. A exposição conta com uma instalação interativa onde o público pode brincar com silhuetas de capas projetadas em paredes, ao som de ruídos associados ao medo, como portas rangendo. A proposta é explorar a percepção entre projeção e realidade, proporcionando uma experiência sensorial única para os visitantes.

No workshop prévio à inauguração, crianças expressaram seus medos, como ficar doente e ficar sozinhas, desenhando capas de proteção. Neuenschwander utilizou esses desenhos para criar lâminas de retroprojetor que fazem parte da exposição. Além disso, a mostra também reúne trabalhos anteriores da artista, incluindo peças com temática política, como o letreiro mecânico “V.G.T. (Ame-o ou Deixe-o)”, que remete à ditadura militar no Brasil. Ao abordar questões espinhosas, Neuenschwander busca promover reflexões críticas por meio de sua arte.

Olhar para a natureza

Outras duas exposições recém-abertas no Inhotim exploram a relação entre arte e natureza. A artista Rebeca Carapiá apresenta sua maior escultura até o momento, instalada no lago do museu. A obra, intitulada “Apenas Depois da Chuva”, é resultado de uma viagem de pesquisa da artista à Serra da Capivara e reflete sua conexão profunda com a água e as rochas presentes na região.

Já a exposição do vídeo de Pipilotti Rist nos jardins do Inhotim transporta os espectadores para um universo onírico, onde a natureza se funde com a arte audiovisual. Com imagens bucólicas e uma atmosfera envolvente, o vídeo proporciona uma experiência imersiva para os visitantes.

A nova fase do Inhotim destaca a diversidade e riqueza da arte contemporânea brasileira, trazendo obras impactantes e provocativas que convidam o público a refletir e se encantar. A instituição reafirma seu papel como um espaço de experimentação artística e contato direto com a natureza, promovendo diálogos enriquecedores entre arte, cultura e meio ambiente.

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