Rússia busca apoio internacional e constrói ponte para ordem mais justa, enquanto Ocidente alerta para suas intenções.

“A Rússia (…) busca relações baseadas no direito internacional e não nas regras estabelecidas por determinados países, especialmente os Estados Unidos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reivindicando o apoio da ‘esmagadora maioria dos países’.

Ao reunir o “Sul e o Leste globais” para contrabalançar o Ocidente, de acordo com a Rússia, o Brics deve “construir, tijolo por tijolo, uma ponte para uma ordem mundial mais justa”, disse o conselheiro diplomático do Kremlin, Iuri Uchakov.

O Ocidente, por outro lado, considera que a Rússia está buscando dominar seus vizinhos e impor uma lei da selva no cenário internacional.

Nos últimos dias, ao apresentar seu “plano para a vitória”, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que outros países poderiam tentar imitar a Rússia em caso de vitória. “Se Putin atingir seus objetivos rebuscados – geopolíticos, militares, ideológicos e econômicos -, outros agressores em potencial sentirão que as guerras de agressão podem beneficiá-los”, alertou Zelensky.

De acordo com Uchakov, todos os países membros do Brics serão representados em Kazan, com exceção do Brasil e da Arábia Saudita, que também enviará seu ministro das Relações Exteriores.

A ausência do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, governante de fato da Arábia Saudita, que viajou para Bruxelas nesta semana, provocou especulações sobre possíveis desentendimentos entre os dois pesos pesados da energia mundial.

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