O desembargador Christiano Jorge, do Tribunal de Justiça de São Paulo, revogou a decisão de primeira instância que concedeu liberdade provisória a um homem que foi preso em flagrante com uma carga de 832 quilos de cocaína. A prisão preventiva do suspeito foi decretada após a cassação da decisão anterior.

O indivíduo em questão, Victor Gabriel Alves, foi detido na rodovia SP 270, próximo a Ourinhos, interior de São Paulo, em posse da grande quantidade de droga, avaliada em R$ 50 milhões e escondida em meio a pacotes de polenta dentro de um caminhão.

Em seu depoimento na Delegacia da Polícia Federal em Marília, Alves confessou que havia sido contratado por R$ 15 mil para transportar a cocaína de Londrina, no Paraná, até Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo, uma distância de 550 quilômetros.

Apesar de não possuir antecedentes criminais, o suspeito havia conseguido autorização da Vara Única da Comarca de Ipaussu, durante a audiência de custódia, para aguardar o desenrolar das investigações em liberdade. No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão e o desembargador Christiano Jorge determinou a prisão preventiva de Alves, destacando que a ausência de histórico criminal não garante impunidade.

Em sua decisão, o desembargador afirmou que era pouco crível um indivíduo transportando uma quantidade tão grande de drogas não ter ligação com organizações criminosas, ressaltando o perigo de fuga ou obstrução da Justiça caso o suspeito permanecesse em liberdade.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, elogiou a decisão judicial e informou que o suspeito foi novamente detido.