Advogado responde a pedido de renda judicial com declaração polêmica: “Não tenho pretensão de virar ‘michê’ aos 48 anos”

O advogado Fabricio Assad, em um processo no qual atua em causa própria, respondeu a uma notificação para apresentar informações complementares que comprovassem sua adequação aos requisitos para ter direito à justiça gratuita. Em sua resposta, Assad enfatizou que não tem intenção de se tornar um “michê”.

Em sua manifestação enviada à desembargadora Silvia Rocha, da 29.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Assad justificou sua impossibilidade de utilizar a tadalafila (remédio para disfunção erétil) devido a sua idade e condições físicas, declarando que isso representaria um perigo à sua saúde e que não possui interesse em se tornar um acompanhante remunerado.

A desembargadora solicitou a comprovação de renda de Assad, argumentando que o advogado teve evolução patrimonial em sua declaração de Imposto de Renda no ano de 2022, apesar de ter solicitado a justiça gratuita. Além disso, ela questionou a falta de apresentação de extratos de outras contas bancárias do advogado e pediu informações sobre as movimentações financeiras de sua esposa.

Assad defendeu-se, afirmando que já teve a gratuidade deferida em diversos processos anteriores e que depende do auxílio de familiares para arcar com suas despesas, pois não confia em jogos de azar. Ele ainda mencionou que seus honorários foram bloqueados pela Justiça em um processo anterior, apesar da impenhorabilidade prevista em lei, e se colocou à disposição para quebrar o sigilo fiscal, se necessário.

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