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Obra em Lagoa de Jacarepaguá ameaça biodiversidade: ambientalistas pedem fiscalização e embargo da construção

OBSERVANDO O MEIO AMBIENTE: UMA DISPUTA ENTRE DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO E PRESERVAÇÃO

O aterramento da Lagoa de Jacarepaguá

A região da Lagoa de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, abriga uma rica biodiversidade, com espécies como o peixe-das-nuvens, o jacaré-de-papo-amarelo e a borboleta-da-praia. No entanto, essa fauna e flora estão ameaçadas devido a uma obra de aterramento que visa a construção de um empreendimento imobiliário no local. Ambientalistas alertam para os riscos dessa intervenção e reivindicam uma maior fiscalização, e até mesmo o embargo da construção.

O co-fundador do Movimento Baía Viva, Sérgio Ricardo, salientou a importância dos mangues na absorção de CO2 e os impactos ambientais causados pelo desaparecimento desse ecossistema. A obra na margem da Lagoa de Jacarepaguá tem gerado preocupações diante do possível prejuízo à vida selvagem local.

O deputado Jorge Felippe, presidente da Comissão do Meio Ambiente da Alerj, determinou o embargo da obra com urgência, enquanto o deputado Carlos Minc solicitou medidas para preservar a faixa marginal da Lagoa. Membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Clima também se mobilizaram para averiguar os danos ambientais causados pela construção.

imagem 1 Ambientalistas e autoridades cobram fiscalização em obra que está aterrando margem da Lagoa de Jacarepaguá

Relatórios do Inea e da SMAC apontaram que a construção está avançando sobre a faixa marginal da Lagoa, desrespeitando legislações ambientais e ameaçando ecossistemas sensíveis. Advogados e ativistas têm pressionado o Poder Público para que medidas mais enérgicas sejam tomadas em relação à empresa responsável pela obra.

imagem 2 Ambientalistas e autoridades cobram fiscalização em obra que está aterrando margem da Lagoa de Jacarepaguá

A Gafisa, empresa responsável pela obra, afirmou que seu empreendimento atende a todas as regulamentações e possui licenças ambientais necessárias. A empresa garantiu seu compromisso com a sustentabilidade e as práticas ESG, destacando que a obra foi liberada após avaliação da Justiça e do Ministério Público. As questões ambientais levantadas estão sendo acompanhadas de perto por autoridades e ativistas, que buscam garantir a preservação da Lagoa de Jacarepaguá.

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