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Proibição de barriga de aluguel na Itália gera polêmica e tem apoio de rede feminista global.

Itália proíbe barriga de aluguel e gera polêmica no país

A ministra da Família da Itália, Eugenia Roccella, defendeu a proibição da prática de barriga de aluguel no país, argumentando que a iniciativa busca reafirmar e concretizar os direitos fundamentais. Segundo a ministra, a rede global de feminismo apoia a medida e considera a Itália um exemplo a ser seguido nesse sentido.

Por outro lado, o senador Pierantonio Zanettin, do partido Força Itália (FI), afirmou que o comércio de recém-nascidos não pode ser tolerado, enquanto a política Lavinia Mennuni, do FdI, acredita que a proibição pode erradicar o turismo procriativo no país.

No entanto, políticos da oposição se posicionaram contra a medida, argumentando que ela é inútil e inconstitucional, pois prejudica casais que desejam ter filhos. Vale ressaltar que os nascimentos na Itália têm apresentado uma queda de 34,3% desde 2008, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (Istat).

A presidente da ONG Famiglie Arcobaleno, Alessia Crocini, criticou a decisão, afirmando que é uma tentativa da extrema direita de apagar a homoparentalidade no país. Para ela, a proibição é mais uma forma de ataque aos direitos civis e ao pluralismo das famílias, restringindo sua liberdade de pensar e fazer escolhas de acordo com suas características e inclinações.

Diante desse cenário, o debate sobre a proibição da barriga de aluguel continua acalorado na Itália, trazendo à tona questões relacionadas aos direitos reprodutivos e à diversidade familiar no país. A sociedade italiana parece estar dividida entre aqueles que apoiam a medida como uma forma de proteger os valores tradicionais e os que a veem como uma violação dos direitos individuais e da liberdade de escolha.

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