Operação Carência Zero: Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantela esquema milionário de fraudes em planos de saúde da Porto Saúde.
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Durante a operação, um mandado de prisão foi cumprido contra a suposta líder da organização criminosa, identificada como Adriana Neves Castro. A prisão ocorreu em sua residência, localizada no município de Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, a fraude era complexa e sofisticada, envolvendo a simulação de vínculos empregatícios de mais de 800 pessoas em empresas de fachada. Essas empresas foram criadas com o propósito exclusivo de contratar planos de saúde empresariais, que posteriormente eram comercializados de forma irregular para indivíduos que não possuíam direito de adquirir planos coletivos sem carência.
Ao todo, foram identificadas 10 empresas de fachada envolvidas na contratação fraudulenta dos planos de saúde empresariais. Essas empresas, segundo as investigações, possuem endereços fictícios e foram criadas com o intuito de enganar a seguradora.
Durante a investigação, algumas vítimas das empresas fraudulentas relataram que adquiriram os planos de saúde para realizar procedimentos médicos que não seriam cobertos devido ao período de carência. Cirurgias bariátricas, partos e até remoção de tumor cerebral estavam entre os procedimentos realizados de forma irregular.
A quadrilha chefiada por Adriana contava com a participação de um contador, responsável pela abertura das empresas de fachada, e suspeita-se da participação de um médico, responsável por indicar pacientes para a contratação dos planos de saúde.
A ação da Polícia Civil, com o apoio do Ministério Público e do Coaf, resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, além da prisão da líder da organização criminosa. A Porto Saúde afirmou ter identificado a fraude e colaborado com as autoridades para as investigações.
Diante do ocorrido, a seguradora reforçou seu compromisso em combater fraudes e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações em andamento. A prática ilegal de abertura de empresas fictícias para contratação de planos de saúde coletivos prejudica não apenas as operadoras, mas também os consumidores que dependem legitimamente do sistema privado de saúde.