
Apagão cibernético afeta setores no Brasil
A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça informou que irá entrar em contato ainda nesta sexta-feira (19) com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para avaliar os prejuízos causados pelo apagão cibernético que afetou diversos setores do país.
O incidente ocorreu devido a uma atualização defeituosa do provedor de cibersegurança CrowdStrike, utilizado por muitas empresas para gerenciar a segurança de computadores e servidores com Windows, conforme divulgado em nota pela Microsoft.
Como resultado, computadores e servidores afetados foram desconectados da internet, causando um loop de recuperação do sistema que impedia a inicialização correta das máquinas.
A CrowdStrike esclareceu que os clientes que utilizam Mac e Linux não foram impactados e que o incidente não foi desencadeado por um ataque cibernético.
O problema se estendeu a outras empresas de nuvem, como a Amazon Web Services (AWS), que também reportaram falhas de serviço durante a madrugada.
No Brasil, o apagão afetou voos, sistemas bancários, serviços de saúde – como o Hospital das Clínicas de São Paulo – e distribuidoras de energia. O aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, teve que realizar check-in manual devido à situação.
Em relação ao setor de energia, algumas distribuidoras enfrentaram problemas temporários em seus sistemas comerciais e de atendimento ao cliente.
O Downdetector registrou reclamações sobre a indisponibilidade de aplicativos e internet banking de vários bancos, juntamente com lentidão. No mesmo período, o próprio site do Downdetector apresentou instabilidade às 9h.