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Governador é criticado por suposto favorecimento à Equatorial Energia e enfrenta denúncias de conflito de interesse na Sabesp.




Artigo Jornalístico

O governador de São Paulo, Tarcísio, vem sendo alvo de críticas da oposição devido a um suposto favorecimento à Equatorial Energia.

A liderança do PT na Alesp encaminhou uma representação ao Ministério Público solicitando a investigação de um possível conflito de interesses na atuação da presidente do conselho de administração da Sabesp, Karla Bertocco. Até dezembro de 2023, Bertocco fazia parte do conselho da Equatorial Energia.

Em resposta às acusações, Tarcísio negou qualquer favorecimento e explicou que as exigências do modelo de privatização implementado reduziram a concorrência. O governador ressaltou que ao escolher um investidor de referência, o Estado exigiu compromisso com a universalização do saneamento até 2029, a manutenção das ações e a renúncia ao controle.

Tarcísio também mencionou que a empresa francesa Veolia demonstrou interesse na Sabesp, porém exigia ter controle majoritário na companhia. Já a Aegea, líder no mercado de saneamento privado no Brasil, avaliou o negócio, mas se mostrou preocupada com a cláusula da “pílula de veneno”.

A tal “pílula de veneno” consiste em uma cláusula que obrigaria a Aegea a adquirir todas as ações da Sabesp caso a participação dela e de seus acionistas, somadas, ultrapassasse 30% no futuro. Dentre os acionistas da Aegea estão os grupos Equipav, GIC e Itaúsa.

Tarcísio afirmou: “A Sabesp agora é uma empresa privada, mas o Estado mantém sua presença. Isso irá facilitar a obtenção de licenças e ajudar a manter as tarifas estáveis. Com grandes investimentos, as tarifas poderiam aumentar. O Estado atuará como um amortecedor no reajuste das tarifas”.


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