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Governador se mantém em silêncio em meio a acusações de ligação do candidato adversário com o crime organizado.




Artigo: Tarcísio fica em silêncio em meio a crise política

O governador ficou em silêncio.

Foi no único dia da última semana em que Tarcísio não participou de agendas públicas ao lado de seu candidato ao governo.

Na segunda-feira (26), três dias antes do armistício, o governador paulista atacou Marçal durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sem citar seu nome, mas insinuando que sua vitória seria um “desastre”.

“Se a gente passa o tempo todo combatendo o crime organizado, não quer que alguém com conexões com o crime organizado chegue à prefeitura”, disse o governador, numa referência às acusações de ligação do presidente do partido de Marçal, Leonardo Avalanche, com o PCC.

Àquela época, a missão de Tarcísio já era difícil: tentar frear a adesão de boa parte do campo bolsonarista ao candidato adversário de Nunes, confirmada nas últimas pesquisas de intenção de voto.

Marçal foi o primeiro político com discurso radical a ganhar força eleitoral após o fenômeno Bolsonaro sem contar com o apoio do ex-presidente.

Fiador da aliança de Nunes com Bolsonaro, que inclusive indicou o vice na chapa do atual prefeito, Tarcísio cobrou do ex-presidente e de sua família uma reação crítica a Marçal.

Após semanas de intensa atividade política, o governador Tarcísio surpreendeu a todos ao manter-se em silêncio em um dia crucial para sua campanha. No momento em que era esperado que ele estivesse ao lado de seu candidato ao governo, Tarcísio optou por não participar de agendas públicas, gerando especulações sobre os possíveis motivos por trás de sua ausência.

Antes desse silêncio, o governador havia protagonizado um embate público com o candidato Marçal, lançando duras críticas durante uma coletiva de imprensa. Ao sugerir que a vitória de Marçal seria um “desastre” devido às supostas conexões com o crime organizado, Tarcísio deixou claro que a disputa política estava longe de ser apenas uma questão de ideologias.

Diante da crescente popularidade de Marçal, que conseguia conquistar eleitores do campo bolsonarista sem o apoio do ex-presidente, Tarcísio se viu diante de um desafio ainda maior. A pressão por uma posição crítica a Marçal vinda do ex-presidente e sua família evidenciava a complexidade do cenário político em que o governador se encontrava.

A incerteza pairava sobre a campanha de Tarcísio, que oscilava entre tentativas de frear o avanço de seu adversário e a manutenção de alianças estratégicas. Enquanto isso, o silêncio do governador ecoava nos bastidores da política, deixando em aberto o desfecho dessa disputa eleitoral.


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