Campanha Eleitoral no Rio de Janeiro: Disputa pelos Recursos Financeiros

Após duas semanas de intensa campanha eleitoral no Rio de Janeiro, a falta de recursos financeiros tem se tornado um problema para alguns candidatos, provocando disputas internas e gerando inveja entre concorrentes que ainda não foram contemplados com sua parte do fundo eleitoral.

No Partido Liberal (PL), que tem como filiado o governador Cláudio Castro, alguns candidatos estão enfrentando dificuldades financeiras. Figuras como Diego Faro, afilhado de Castro, Ronaldo Faria, irmão do senador Romário, e Alana Passos e Jeremias di Caetés, apadrinhados do senador Carlos Portinho, estão entre os beneficiados pelo fundo eleitoral, enquanto outros ainda estão aguardando o repasse das verbas. Essas informações foram apuradas pelo Tempo Real.

A competição pelo fundo eleitoral também causa desconforto no Partido Social Democrático (PSD), com candidatos como Rosa Fernandes, vereadora com oito mandatos consecutivos, Joyce Trindade, ex-secretária municipal, e Salvino Oliveira, também ex-secretário municipal, recebendo quantias significativas para suas campanhas. A distribuição desse recurso tem gerado tensão e suspeitas entre os postulantes.

No Partido dos Trabalhadores (PT), onde os recursos são mais escassos, cada centavo recebido é motivo de alvoroço e influencia nas dinâmicas internas do partido. Candidatos como Tainá de Paula e Maíra do MST têm sido alvos de críticas e desconfianças de correligionários devido aos valores repassados para suas campanhas.

Destacam-se ainda os candidatos a prefeituras com maiores aportes financeiros, como Dimas Gadelha em São Gonçalo, Antônio Araújo em Nova Iguaçu, e Washington Quaquá em Maricá, que estão entre os principais beneficiados pelo fundo eleitoral de seus partidos.

Distribuição do Fundo Eleitoral por Partido: Quem Recebeu Mais até Agora

Partido Liberal (PL)

• Alexandre Ramagem (candidato a prefeito do Rio) – R$ 19,4 milhões

Partido Social Democrático (PSD)

• Eduardo Paes (prefeito e candidato à reeleição do Rio) – R$ 3 milhões

Partido dos Trabalhadores (PT)

• Dimas Gadelha (candidato a prefeito de São Gonçalo) – R$ 1,850.000,00

Fonte: Dados do Divulgacand até 30 de agosto.

Em meio a esse cenário de disputas e tensões, a distribuição e alocação dos recursos financeiros têm se tornado um fator determinante nas estratégias e dinâmicas das campanhas eleitorais no Rio de Janeiro.