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Ferramenta de IA do Google restringe respostas sobre eleições e candidatos, gerando controvérsia e dúvidas sobre imparcialidade.





Artigo Jornalístico

O Google restringe informações sobre candidatos à Prefeitura de São Paulo em sua ferramenta de IA

No atual cenário político do Brasil, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais presente, inclusive no fornecimento de informações sobre candidatos e eleições. Recentemente, o Google anunciou restrições em sua ferramenta de inteligência artificial generativa chamada Gemini, quando o assunto são questões eleitorais.

Ao ser confrontado com perguntas sobre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, o Gemini apresentou respostas diferenciadas, dependendo do nome mencionado. Enquanto nomes como Ricardo Nunes, Pablo Marçal, José Luiz Datena e Marina Helena tiveram informações disponibilizadas, a ferramenta se recusou a responder questões sobre Guilherme Boulos e Tabata Amaral, alegando não poder oferecer “respostas sobre eleições e personalidades políticas” no momento.

Essa decisão do Google de restringir informações sobre eleições na ferramenta de IA generativa levantou questionamentos e preocupações quanto à imparcialidade e precisão das informações disponibilizadas. Especialistas como Bruno Bioni, diretor-fundador da Data Privacy Brasil, destacam a importância de transparência por parte da empresa em relação aos critérios utilizados para tais restrições.

Por outro lado, Pedro Burgos, professor do Insper, avalia que a implementação da restrição sobre eleições no Brasil foi descuidada, uma vez que o Gemini apresenta respostas diferentes para candidatos de níveis variados. Ele ressalta que outras empresas com chatbots de IA não adotaram a mesma medida de restrição e aponta a necessidade de um maior esclarecimento sobre os benefícios e riscos dessas ferramentas.

A posição do Google em restringir informações sobre eleições se encaixa em um contexto global onde as grandes empresas de tecnologia estão sendo questionadas pela imparcialidade e transparência de seus serviços. A dificuldade em fornecer respostas neutras e precisas, especialmente para políticos menores, é um desafio apontado por Burgos, evidenciando a complexidade envolvida na utilização de inteligência artificial em questões políticas.

Fonte: Adaptado do texto original


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