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Pai de vítima denuncia seita em Manaus; investigações revelam rituais com drogas e nomes religiosos na delegacia.



Investigação sobre seita em Manaus

Investigações começaram com pai de vítima na delegacia. “O pai da companheira de Ademar resgatou a filha dopada e a levou à delegacia, relatando os fatos há cerca de 40 dias”, diz o delegado. Segundo a polícia, “seita” funcionava há pelo menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.

Cleusimar e Ademar teriam se apresentado na delegacia como Maria e Jesus, diz advogado. “A mãe de Djidja se identificou como Maria, mãe de Jesus, e disse que o filho era Jesus, eles não tinham noção. Isso aconteceu logo depois da prisão, entrei na sala e eles falaram isso”, afirma Vilson Gomes Benayon Filho. “Eles também convidaram o delegado para experimentar, tomar conhecimento da espiritualidade”, afirmou.

Defesa negou a existência da seita. “Não existe esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual”, argumentou a advogada Lidiane Roque.

Não existe seita, não existe ritual macabro. Todas as declarações deles, os vídeos que circulam na internet, todas as provas que estão no inquérito são fruto de alucinações extremamente severas, de uma droga que está destruindo famílias.
Nauzila Campos

As advogadas também cobraram a prisão do dono da clínica veterinária que fornecia a droga à família. “Os fornecedores de droga são os verdadeiros traficantes. E a gente questiona, cadê o dono dessa clínica veterinária que não foi preso até agora? A pessoa viciada, o dependente químico faz de tudo para alcançar a droga, e o dependente químico não é traficante. O traficante é um comerciante que precisa lucrar e faz de tudo e se aproveita da vulnerabilidade dos dependentes”, questionou Nauzila.

A defesa considera que a operação da Polícia Civil salvou a vida dos envolvidos. “A prisão salvou a família, salvou a vida deles. Se essa operação tivesse sido deflagrada algumas semanas atrás, a Djidja estaria viva. Ela estaria presa, mas estaria viva”, destacou Lidiane.

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