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Projeto aprovado isenta mães solo do pagamento de taxa em concursos públicos na administração federal. Medida visa quebrar círculo de pobreza.



Projeto de lei isenta mães solo do pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos

15/08/2024 – 12:53

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Sâmia Bomfim recomendou a aprovação do projeto

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que traz benefícios para as mães solo ao isentá-las do pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos para cargos na administração pública federal. A iniciativa representa uma mudança na Lei 13.656/18, que trata das isenções em concursos públicos.

O projeto define como mãe solo a mulher que é a única provedora de uma família monoparental, esteja registrada no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e tenha um dependente de até 18 anos de idade, ou de qualquer idade no caso de filho com deficiência. Para usufruir da isenção, é necessário comprovar o cumprimento desses requisitos no momento da inscrição.

A relatora do projeto na comissão, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), recomendou a aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei 3948/23, de autoria do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), que já havia sido acatado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Com a nova medida, a isenção é inserida em uma lei já existente, ampliando o alcance do benefício.

Ajudando a quebrar o ciclo de pobreza
Sâmia Bomfim acredita que a isenção da taxa de inscrição pode contribuir para romper o ciclo de pobreza presente na maioria dos lares chefiados por mulheres. Segundo a relatora, as mães solo enfrentam desigualdades e vulnerabilidades no mercado de trabalho, onde muitas vezes são submetidas a empregos precários e mal remunerados.

Além disso, o texto prevê penalidades para candidatas que apresentarem documentação falsa, como a eliminação do concurso ou a instauração de um processo administrativo se a servidora já tiver sido nomeada.

Próximos passos
A proposta seguirá para análise das comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado tanto pelos deputados quanto pelos senadores.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein

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