CNE da Venezuela deve entregar atas eleitorais ao Judiciário após ataque cibernético e denúncias de falsificação pela oposição

A decisão do TSJ, emitida na sexta-feira (2), estabeleceu que o Poder Eleitoral terá três dias úteis a partir da notificação para apresentar as atas de escrutínio das mesas eleitorais em nível nacional, além de outras documentações relacionadas ao processo eleitoral.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro recorreu ao Judiciário para que seja feita uma investigação detalhada de todos os eventos ligados à eleição presidencial. Uma audiência foi convocada pelo TSJ, porém, o principal candidato opositor, Edmundo González, não compareceu, justificando que o CNE deveria assegurar a transparência e confiabilidade dos processos eleitorais.
Maduro se prontificou a entregar todas as atas em posse do partido do governo PSUV e solicitou que os demais candidatos e partidos fizessem o mesmo. No entanto, o governo denunciou que parte das atas publicadas pela oposição na internet seriam falsas, alegando que mais de 9 mil desses documentos estavam incompletos e forjados.
As atas da oposição têm sido utilizadas por governos estrangeiros, como dos Estados Unidos e União Europeia, para reconhecer a suposta vitória de Edmundo González, mesmo sem a auditoria oficial do CNE. As tensões políticas e as acusações de irregularidades tornam o cenário eleitoral na Venezuela cada vez mais complexo e controverso. A expectativa é de que os próximos desdobramentos possam trazer mais clareza e transparência ao processo eleitoral no país latino-americano.