
Após a realização das eleições na Venezuela, a falta de transparência e confiabilidade dos resultados tem gerado polêmica. A ditadura ainda não divulgou as atas das urnas e, mesmo que o faça, a demora levanta suspeitas sobre a integridade dos dados. O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, destacou a importância de confiar nos mecanismos eleitorais, afirmando que “não se pode reconhecer uma vitória se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para alcançá-la”. Esta declaração reflete a preocupação com a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
Onze países membros da OEA solicitaram uma reunião do Conselho Permanente para discutir a situação na Venezuela. Estados como Estados Unidos, Canadá, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, entre outros, demonstraram preocupação com a falta de transparência nas eleições. O Brasil não integrou este grupo, o que pode ser interpretado como um sinal negativo em relação ao posicionamento do país em relação ao regime de Maduro.
Os relatos sobre as eleições venezuelanas mencionam uma série de irregularidades, desde a demora na apuração dos votos até a rápida homologação da vitória de Maduro. O discurso do líder venezuelano, que exaltou seu regime e mencionou uma suposta invasão do sistema por hackers estrangeiros, gerou ainda mais desconfiança. Manifestações nas ruas e repressão policial evidenciaram a tensão política no país, com relatos de mortes e prisões de opositores.
Neste contexto, torna-se fundamental para líderes internacionais como o presidente brasileiro decidir como irão se posicionar em relação à situação na Venezuela. A falta de legitimidade no processo eleitoral gera um aumento no isolamento do país, não por conta de inimigos externos, mas devido à postura antidemocrática e desrespeito aos direitos humanos por parte do regime de Maduro.