
Os réus neste processo são três policiais civis: Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister. Eles respondem por homicídio qualificado. Na audiência, os três foram interrogados pela Justiça e agora o caso avança para a fase de alegações finais, tanto do Ministério Público do Rio de Janeiro, quanto do assistente de acusação e da defesa.
Após o depoimento dos réus, encerrou-se a fase de instrução criminal do processo. O Ministério Público terá cinco dias para apresentar os nomes e a qualificação técnica dos peritos responsáveis pelo laudo feito sobre o crime. Em seguida, as partes envolvidas terão 10 dias para se manifestar.
A mãe de João Pedro, Rafaela, afirmou estar com alta expectativa para a audiência. Segundo ela, essa fase vem sendo esperada há três anos e ela está confiante na justiça. Ela ressaltou a demora do processo como uma injustiça, já que os policiais envolvidos estão livres enquanto a sua família não pode seguir em frente.
Segundo a defensoria pública que atua pela família de João Pedro, as provas testemunhais corroboradas pela prova pericial são robustas e comprovam os fatos criminosos narrados na denúncia. Por isso, eles estão confiantes de que os réus serão pronunciados e levados a júri popular.
Por outro lado, o advogado que representa a defesa dos policiais afirmou que a legalidade da ação dos agentes foi demonstrada e que não houve dolo por parte deles. Alega-se que eles atuaram para repelir a ação criminosa dos elementos que estavam presentes no local.
O caso de João Pedro causou grande comoção e levantou debates sobre a violência policial e a impunidade. O adolescente foi morto enquanto brincava com seus primos na casa de familiares. A polícia alega ter sido alvo de disparos dos seguranças dos traficantes, o que teria iniciado a troca de tiros.
Porém, o Ministério Público Federal solicitou mais informações sobre a operação, levantando a possibilidade de ocultação de cadáver. João Pedro foi levado em um helicóptero da Polícia Civil e só foi encontrado 17 horas depois no Instituto Médico Legal. A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro aponta que os policiais alteraram o local do crime para criar vestígios de um confronto com criminosos.
O processo continua em andamento e até o momento nenhum dos policiais envolvidos foi condenado. A família de João Pedro e a sociedade aguardam por justiça e por respostas sobre as circunstâncias dessa trágica morte.