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Dólar dispara para quase R$ 5,50 em dia de turbulências na Ásia; Bolsa de valores se recupera e se aproxima dos 130 mil pontos

Em meio a um cenário de turbulências no mercado financeiro, o dólar teve uma valorização significativa e quase atingiu a marca dos R$ 5,50. Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira voltou a apresentar alta, aproximando-se dos 130 mil pontos, após ter registrado quedas no dia anterior.

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,483, representando um aumento de R$ 0,054 (+1%). A moeda norte-americana operou em alta ao longo de toda a jornada, com um pico de valorização no período da tarde, encerrando próximo das máximas do dia. No acumulado de julho, o dólar apresenta uma queda de 1,88%, porém, no ano de 2024, a divisa já acumula uma alta de 12,98%.

Por sua vez, o mercado de ações teve um dia de volatilidade. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou o pregão em 129.465 pontos, com uma valorização de 0,27%. Enquanto as ações de petroleiras apresentaram alta, as de mineradoras registraram queda, influenciadas pela desaceleração da economia chinesa.

No dia anterior, a bolsa brasileira havia registrado uma queda, interrompendo uma sequência de 11 dias seguidos de altas. Essa sequência representava a maior série de ganhos diários desde o final de 2017 e início de 2018. Apesar dos recentes ganhos, o Ibovespa acumula uma perda de 3,52% em 2024.

As notícias provenientes da Ásia exerceram pressão sobre os mercados financeiros dos países emergentes. No Japão, surgiram suspeitas de intervenção do Banco Central local no iene, levando a uma migração de investimentos internacionais para o país e exercendo pressão sobre o dólar em nações em desenvolvimento.

A divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior confirmou a desaceleração da economia do país asiático. Essa desaceleração impacta diretamente países exportadores de commodities, como o Brasil, uma vez que reduz as exportações para a China.

Adicionalmente, o dólar tem oscilado em função das tensões eleitorais nos Estados Unidos, após um atentado contra o ex-presidente Donald Trump. Todo esse cenário demonstra a sensibilidade e interconexão dos mercados globais, com repercussões em diversos países ao redor do mundo.

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