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Arthur Lira classifica como “grave” monitoramento ilegal da Abin durante governo Bolsonaro e compara casos no Conselho de Ética da Câmara




Presidente da Câmara dos Deputados comenta monitoramento ilegal de autoridades

Presidente da Câmara dos Deputados comenta monitoramento ilegal de autoridades

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou de “grave” a revelação de que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fez monitoramento ilegal de autoridades durante o governo Jair Bolsonaro.

O que aconteceu

Foi a primeira vez que Lira comentou o caso após a operação da Polícia Federal sobre o esquema na quinta-feira (11). Segundo a Polícia Federal, o presidente da Câmara está na lista de monitorados. “Tivemos acesso a informações, como todo brasileiro teve. Há muita conversa e versão. Os fatos não são suaves e brandos, são graves”, disse o presidente da Câmara em entrevista à CNN Brasil.

Lira comparou o caso do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) ao de André Janones (Avante-MG). Ramagem é alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara pelo caso da Abin paralela – ele era o chefe da agência na época em que os monitoramentos aconteceram. “Nenhum fato anterior ao da legislatura pode ser julgado no Conselho de Ética. Foi assim no caso do deputado Janones. Ele foi absolvido no Conselho porque, se aconteceu ou não (a acusação feita contra Janones), foi anterior ao mandato. A gente tem que ter cuidado com o que preconiza nosso regimento”, disse.

Essas declarações de Arthur Lira surgem em meio a um cenário político conturbado, com diversas polêmicas envolvendo o governo e órgãos de inteligência. A revelação do monitoramento ilegal por parte da Abin trouxe à tona preocupações sobre possíveis abusos de poder e desrespeito à legislação vigente.

A sociedade civil e diversas instituições têm cobrado esclarecimentos e medidas concretas para garantir a transparência e a legalidade nas ações do governo e de seus órgãos. O papel do Congresso Nacional e do Judiciário torna-se fundamental nesse momento para assegurar a defesa da democracia e dos direitos individuais.

Diante desse contexto, o presidente da Câmara dos Deputados se coloca como uma figura central no debate, trazendo à tona questões importantes sobre a separação de poderes e a necessidade de investigação rigorosa sobre os casos de monitoramento ilegal. A transparência e a prestação de contas tornam-se, mais do que nunca, pilares essenciais para a saúde democrática do país.


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