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Aliado de Bolsonaro, Deputado Alexandre Ramagem tem cerco fechado em nova etapa da Operação Última Milha.





Investigação da PF se aproxima de deputado aliado de Bolsonaro







A mais recente etapa da Operação Última Milha não mirou diretamente o deputado Alexandre Ramagem (PL), mas as investigações fecharam o cerco ao aliado de Jair Bolsonaro (PL).


Gilmar Félix – 13.set.2023/Câmara dos Deputados

No mais recente desdobramento da Operação Última Milha, as investigações se aproximam do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), aliado próximo do presidente Jair Bolsonaro. Embora o foco inicial não tenha sido diretamente em Ramagem, os desdobramentos das investigações estão fechando o cerco ao político ligado ao governo.







A Polícia Federal (PF) diz que as ações da Abin eram de “domínio do fato” de Ramagem.


Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal (PF) aponta que as ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estavam sob o “domínio do fato” de Alexandre Ramagem. Esta nova informação coloca o deputado em uma posição delicada, uma vez que sinaliza sua ligação com as atividades da Abin sob investigação.







Ramagem nega que autoridades tenham sido monitoradas pela agência no governo Bolsonaro e classificou a operação da PF como um “alvoroço”.


Pablo Valadares/18.abr.2023 – Câmara dos Deputados

Ao ser questionado sobre as acusações, Alexandre Ramagem negou veementemente que autoridades tenham sido monitoradas pela Abin durante o governo Bolsonaro. O deputado classificou a operação da Polícia Federal como um “alvoroço”, buscando se distanciar das investigações em curso.







A expressão usada pela PF para se referir a Ramagem tem relação com uma teoria jurídica que foi utilizada inúmeras vezes durante o julgamento do Mensalão.


A Polícia Federal citou uma teoria jurídica em relação a Alexandre Ramagem, que remete ao julgamento do Mensalão. Essa associação lança dúvidas sobre a conduta do deputado e sua ligação com o possível monitoramento ilegal realizado pela Abin.







Foi citada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para embasar a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.


TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A teoria jurídica mencionada pelas autoridades em relação a Alexandre Ramagem foi utilizada de forma significativa no julgamento do ex-ministro José Dirceu. Essa ligação lança ainda mais suspeitas sobre a conduta do deputado e seu possível envolvimento em atividades ilícitas.







A tese foi evocada na Operação Lava Jato. Depois, aprofundada pelo jurista alemão Claus Roxin, citado em meio ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, em 2012.


Guilherme Pupo – 8.out.14/Folhapress

A tese jurídica mencionada nas investigações envolvendo Alexandre Ramagem também foi utilizada em casos da Operação Lava Jato e remete ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal. O aprofundamento desta conexão lança luz sobre possíveis irregularidades cometidas pelo deputado.







Ele entendia que ocupantes de um “aparato organizado de poder” que ordenassem a execução de crimes teriam de responder como “autores” do delito.


Marcos Oliveira/Agência Senado

Agora, as autoridades investigativas estão se aproximando do deputado e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, pois ele entendia que aqueles que ocupam posições de poder e ordenam a execução de crimes devem ser responsabilizados como autores. Essa ligação aponta para possíveis conexões do político com atividades criminosas.


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