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Renegociação da dívida dos estados proposta por Rodrigo Pacheco pode aumentar dívida pública em R$ 462,2 bilhões até 2033.





Renegociação da Dívida dos Estados Pode Elevar Dívida Pública em R$462,2 Bilhões

Por: Jornalista X

No último dia 9, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou um projeto de lei que propõe a renegociação da dívida dos estados com a União. No entanto, segundo cálculos feitos pelos economistas da Warren Rena, Felipe Salto e Gabriel Garrote, essa medida poderia resultar em um aumento significativo da dívida pública do país.

De acordo com o relatório enviado aos clientes da corretora, a renegociação da dívida estadual poderia acarretar um acréscimo de R$462,2 bilhões na dívida pública até o ano de 2033. O projeto prevê a redução do indexador da dívida de IPCA + 4% ao ano para IPCA + 2%, desde que os estados entreguem ativos como empresas públicas e créditos judiciais.

Os economistas estimam que a União poderia ter uma perda de R$33,5 bilhões somente em 2025, caso o projeto seja aprovado. A projeção aponta que a dívida pública, que atualmente está em 94,1% do PIB, poderia chegar a 96,5% do PIB em 2033, caso a renegociação seja implementada conforme proposto.

Segundo os especialistas, a intenção dos estados seria utilizar a economia com os juros da dívida para aumentar suas despesas primárias, ao invés de quitar dívidas com terceiros. Isso poderia impactar diretamente nas contas públicas e agravar ainda mais o cenário fiscal do país.

Diante desse contexto, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), já tem em mãos um projeto que será apresentado a Rodrigo Pacheco e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A proposta, discutida no Comsefaz (Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados), sugere que os recursos destinados ao fundo de estabilização sejam equivalentes ao perdão da dívida concedido aos estados na renegociação.

É crucial avaliar os impactos e as repercussões de uma possível renegociação da dívida dos estados, levando em consideração o atual cenário econômico do país. A aprovação desse projeto pode resultar em consequências significativas para a saúde financeira do Brasil e requer uma análise criteriosa por parte das autoridades competentes.


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