América Latina e Caribe estão ficando para trás no crescimento econômico associado à economia verde, apontam especialistas em evento internacional.

Durante a 76ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Belém, foi discutida a importância da descarbonização da indústria como um meio de impulsionar o desenvolvimento e reduzir a desigualdade social na região. A mudança climática está agravando os problemas de desigualdade existentes, afetando principalmente as comunidades mais vulneráveis.
A diretora da Cepal ressaltou a necessidade de investimentos na indústria para impulsionar a economia verde e a descarbonização, o que poderia gerar empregos no curto prazo e promover mudanças estruturais no longo prazo. Setores como transição energética, energias renováveis, eletromobilidade, e agricultura sustentável foram destacados como áreas-chave para impulsionar a descarbonização e a sustentabilidade da economia.
No Brasil, o governo tem adotado estratégias para promover a descarbonização, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para impulsionar a demanda por produtos verdes. Apesar de ter uma matriz energética mais limpa em comparação com outros países, o desmatamento ainda é uma grande fonte de emissões de gases de efeito estufa no país.
O investimento em biocombustíveis e combustíveis renováveis foi apontado como um caminho importante para reduzir as emissões de carbono. A ciência desempenha um papel crucial na busca por soluções sustentáveis e na orientação de políticas voltadas para a descarbonização. Portanto, é essencial o direcionamento de investimentos nessa área para acelerar a transição para uma economia mais verde e sustentável na América Latina e no Caribe.