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Terreno contaminado: Flamengo planeja estádio em área onde solo está comprometido por resíduos tóxicos desde 1895.




Artigo Jornalístico

Contaminação do Solo do Gasômetro do Rio de Janeiro Preocupa Flamengo

Recentemente, a Prefeitura do Rio divulgou um documento preocupante sobre a área do Gasômetro do Rio de Janeiro, local onde o Flamengo planeja construir seu estádio de futebol. De acordo com o relatório, a região foi utilizada como centro de armazenamento e distribuição de gases por mais de um século, desde 1895 até 2005. Durante esse período, houve vazamentos de tubulações que contribuíram para a contaminação do solo.

O grau e o tipo de contaminação ainda são desconhecidos, o que levanta preocupações sobre a viabilidade de construir um estádio de futebol no local. A imagem aérea do terreno do Gasômetro divulgada pela prefeitura mostra a extensão da área e a proximidade com outros pontos da cidade.

Estudos Realizados

Estudos acadêmicos, como o da pesquisadora Mariana Velasco Gomes de Almeida, revelaram que em 1997 foram realizados os primeiros estudos geoambientais na área do Gasômetro. Em 2002, novas análises identificaram a presença de substâncias químicas nocivas no solo, como benzeno, tolueno, arsênio e mercúrio, em concentrações acima dos limites aceitáveis.

O Instituto Estadual do Ambiente diagnosticou o terreno como Área Contaminada sob Investigação em 2011, e desde então foram feitos planos de descontaminação, sem sucesso. A área continua sem liberação para mudança de uso e ocupação do solo, devido aos riscos ambientais e de saúde pública associados à contaminação.

Impactos Ambientais

A contaminação do solo do Gasômetro pode ter sérias consequências, como perda da fertilidade da terra, desequilíbrios ecológicos, problemas de saúde pública e contaminação de fontes de água. Ambientalistas alertam para os riscos de construir um estádio de futebol em uma área com histórico de poluição.

A descontaminação do terreno, que chegou a receber projetos de tratamento no passado, ainda não foi concluída. A empresa responsável, Haztec, não pôde ser contatada para comentar sobre o andamento dos trabalhos.

Conclusão

O projeto do Flamengo de construir um estádio no Gasômetro do Rio enfrenta obstáculos relacionados à contaminação do solo, que levantam questões sobre a viabilidade e segurança da empreitada. A discussão sobre o uso futuro da área e a proteção do meio ambiente deve ser priorizada para garantir um desenvolvimento sustentável da região.


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